quarta-feira, 11 de julho de 2012

Drama concreto.

Não mais te tenho perto de mim / E sei que nem moras tão longe assim / Por onde anda que não me procuras? / Andaste sozinha por ruas escuras?/ Se é que ainda há esperança de cura / Pro mal que foste e pra dor que deixastes / Lhe peço gritando em tom de bravura / Que vossa figura o mais breve se afaste / Faz tua viagem enquanto é dia, / Pois a noite chega como o frio que mata / Se hoje sou uma explosão de anarquia / Outrora eu era pessoa pacata / Não quero te ver, nem sigo teus passos / Eu sigo a minha vida, vazio e descalço / Nâo ouse pensar ou anunciar em palanque / Se livrar de arranque da culpa que sou / Não piso em pedras marcadas de sangue / Pedra tu fostes e só pedra sobrou / E foi sobre pedras que me construi / Com os mesmo cascalhos que você me jogou / Tranquei minha alma e o sorriso parti / Agora eu vejo que nada restou / E se ontem tu eras a minha metade / Lhe digo sem culpa e sem vaidade / Que a outra metade eu pisei e cuspi. Tenham um dia cheio de cor.

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